Na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin ordenou uma invasão russa à Ucrânia. O ano anterior tinha sido marcado pelo crescimento do orçamento para a tecnologia digital, inteligência artificial e cibernética.
No mesmo dia, ministrando aula para a turma “Sistemas de Informação” da Universidade Federal de Pernambuco, mostrei que esses eram os indícios de que um grande conflito cibernético tinha iniciado.
A Guerra está em curso e fez parte do entendimento geral a escassez de uma “ciberguerra”. Conforme exposto pelo jornal The Guardian em março de 2022: “até agora, dizem os especialistas, tem sido relativamente tranquilo na frente de guerra cibernética”.
Contudo, Carlos Cabral, um profissional de segurança e pesquisador de Cibersegurança da Tempest Security Intelligence, vem mostrando a existência de vários conflitos.
Inclusive, antecipou ainda em 2021 que os ataques cibernéticos no âmbito dos interesses geopolíticos seriam um tema determinante para traduzir o que seria a cibersegurança em 2022.
Através da sua voz ou postagens no Linkedin, foi dito que, embora seja farta a documentação dos ataques, isso não é mostrado na mídia. Na maioria das vezes, pelos seguintes fatos:
- documentação é técnica (difícil entendimento);
- existe a falta de certezas da identidade do autor (experiência de quem conduz);
- alguns deles podem permanecer silenciosos por anos.
Porém, esse estudioso alerta: é possível dizer que a atual fase da Guerra Russo-Ucraniana foi responsável por elevar o patamar sobre o que até então conhecíamos sobre o conflito cibernético.
Para ele, passaram a existir forças que eram tratadas como invencíveis. No âmbito cibernético, dois ou mais Estados-Nação lutando podem causar danos fora dos limites, pois não existem fronteiras e qualquer recurso pode ser usado.
Logo, o silêncio aparente é perigo concreto. Confirmando isso, o debate sobre a Cibersegurança foi um dos temas presentes durante o Fórum Econômico Mundial (FEM), em Davos, na Suíça.
O FEM é uma organização internacional localizada em Genebra, na Suíça, responsável pela organização de encontros anuais com a participação e colaboração das maiores e principais empresas do mundo.
De modo a finalizar, conforme noticiado na revista Forbes Tech, a preocupação com a cibersegurança toma novas proporções quando considerado o atual conflito entre Rússia e Ucrânia, o qual aumentou consideravelmente o número de ataques cibernéticos.